Atriz na França, Gyselle tem Porsche e roupas Versace no armário

'No Brasil eu nunca conseguiria ter um carro importado', disse.

Até os 17 anos Gyselle Soares tinha um sonho: deixar sua cidade Teresina, no Piauí, e ir morar na Europa. A atriz teve uma infância tão triste e sofrida, que prefere nem lembrar. Filha de uma professora, tomava conta dos três irmãos para a mãe poder ir trabalhar e presenciava as cenas de agressão protagonizadas pelo pai alcoólatra.
 
Quando completou 18 anos, deu um grito de liberdade e partiu para Paris. Quase dez anos depois, Gyselle conta que é dona de dois apartamentos no Brasil, um Porsche na França e muitas roupas de grife no armário parisiense, onde aluga um apartamento de dois quartos em Lafayette, centro de compras de Paris.

Recentemente acaba de protagonizar seu primeiro filme como atriz na França, "Dépression Et Des Potes". Na semana passada, em visita ao Brasil para negociar um trabalho que ela prefere manter em segredo, Gyselle consversou com o EGO no Jardim Botânico, no Rio.

A atriz chegou ao local num carro conduzido por um motorista, com um visual impecável, inspirado, segundo ela, em Alice no País das Maravilhas. “Escolhi esse figurino para mostrar meu lado bonequinha”, disse Gyselle, com toda a sabedoria que tem em gerenciar sua imagem.

Gyselle Soares: Como é a sua vida em Paris?
EGO: Alugo um apartamento em Lafayette e moro sozinha. Lafayette é um centro comercial aonde todos que vão para a França fazem compras. Sabe quando você vem para o Brasil comprar coisas num centro comercial? Pois lá é assim. Tem todas as grifes e as coisas interessantes. 

Seu apartamento é uma quitinete?
Não é quitinete não, é um apartamento razoável. Como se tem aqui, com dois quartos, sala.

Você tem carro?
Apesar de não precisar dele, tenho o meu carro. Eu que comprei, me dei de presente.

Que marca é o carro?
Um Porsche cinza prata.

Que chique!
O custo de vida lá é diferente. Por exemplo, eu tenho um óculos que aqui no Brasil custa R$ 3 mil e lá eu comprei por 200 euros. Paris é primeiro mundo. O salário que você ganha lá dá para ter uma casa, um carro legal. Aqui eu nunca conseguiria ter um carro importado. Iria ter um carro normal.

Quanto custou o Porsche?
No Brasil seria uns R$ 200 mil, mas lá ele custa em média 50 mil, 80 mil euros. Gosto muito de automóveis porque tenho dois irmãos mecânicos e achava lindo ver na revista aquelas mulheres com aqueles carrões. O primeiro luxo que me dei foi esse carro, no dia do meu aniversário.

Quais são seus outros luxos?
Amo as grifes Dior, Chanel,Versace, sou muito antenada.

Você tem essas grifes no seu armário?
Tenho. Paris respira moda. Cinco vezes por ano tem semana de moda na cidade. Você vive isso. É muito luxo. É normal que uma mulher queira todas essas roupas, sou muito fã de grife.

Você consegue se manter na França com o que ganha?
Hoje eu consigo viver do meu trabalho. Com o dinheiro dos trabalhos que fazia no Brasil depois do “BBB”, consegui comprar dois apartamentos: um no nordeste e outro no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio. Estão alugados e vivo do dinheiro desses aluguéis.

Dá para se sustentar emParis só com esses dois aluguéis?
Mas eu também estou trabalhando, estou fazendo um filme! Também fiz duas séries. Com esse filme ganhei muito bem! Foi realmente tipo... Não sei o nome específico para dizer, mas mudou a minha vida.

Como a sua vida mudou?
Depois que fiz o filme, já apareceram oportunidades de fazer outros filmes. Tem uns que não aceitei porque iam muito para o lado latino. Lá na França o cinema é pequeno, as coisas rodam, as pessoas falam do nosso trabalho e não tem tantas meninas como eu.

Você está namorando?
Não estou namorando porque está complicado. Viajo bastante. Os homens têm medo, não suportam essa minha vida.

Você sofre preconceito por ser brasileira?
Nunca sofri preconceito nenhum. Aqui que inventaram a história da minha vida ser duvidosa lá fora. É errado achar que todo mundo que vai para lá se prostitui. Muita gente vai para ralar, como eu fui. Cuidei de criança, de casa. Ninguém vai para se prostituir, vai para trabalhar, para realizar seus sonhos, como foi o meu caso.

Você já recebeu convite para fazer programa?
Nunca recebi convite para fazer programa. Já recebi propostas de homens ricos, milionários e jovens, que queriam casar comigo. Mas eu nunca quis porque queria ter o orgulho de comprar as coisas com o meu próprio dinheiro e do contrário, acho sujo.

Como é seu papel no filme "Dépression Et Des Potes" (Depressão de amigos)?
É uma menina de origem brasileira, Tália, que dança numa casa de espetáculos turísticos e namora o protagonista do filme, Frank, vivido pelo ator francês Fred Testot. Tudo bem glamour mesmo. Ela tem a maior personalidade e o marido está em depressão, mas o ritmo é cômico.

Como surgiu o convite para fazer o filme?
Meu agente é muito antenado sobre tudo que acontece no cinema francês e fiz o teste. Disputei com cinco meninas, mas eu era a única nascida no Brasil, bem de acordo com a perfil da personagem. Pois eles precisavam de uma menina brasileira que soubesse dançar.

Depois de 10 anos morando na França, seu francês foi impecável para fazer o filme?
Meu francês hoje é perfeito porque fui para lá há 10 anos - não tenho vergonha de falar minha idade (risos). Ele está muito bom. A única coisa que precisei trabalhar foi para diminuir o sotaque. Fiquei um ano tendo aulas com uma coach (professora).

O que você veio fazer no Brasil?
Vim porque estava com saudade do meu país e para fazer alguns trabalhos aqui. Também vim fazer outra coisa, mas não posso contar, mas adianto que é uma coisa muito boa.

Fonte: EGO

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