Gyselle Soares fará filme francês com a atriz italiana Claudia Cardinale.

Gyselle Soares vai estrelar filme na França e quer voltar ao país Divulgação

RIO - Natural de Teresina, no Piauí, Gyselle Soares tinha 18 anos quando foi tentar a sorte em Genebra, na Suíça, onde morou com uma prima. Hoje, aos quase 30, acumulou experiências — uma delas, o “Big Brother Brasil”, fez com que a moça ficasse conhecida pelo público. Da oitava edição do programa, Gyselle saiu como vice-campeã. Agora, ela quer ser reconhecida por sua carreira como atriz. No fim do mês, viverá Maria Madalena na Paixão de Cristo, em uma montagem que será encenada em seu estado natal ao lado de Rafael Cardoso, Heitor Martinez e Tuca Andrada. Mas não é só: Gyselle conta que, logo depois, em Paris (cidade onde vive atualmente), terá um papel num longa-metragem ao lado de Claudia Cardinale, musa do cinema italiano nas décadas de 1960 e 1970.

— Nunca poderei interpretar uma francesa, até por causa do meu tipo físico. Posso ser uma espanhola, uma italiana, uma brasileira... E não encaro como preconceito, até porque estou começando — acredita Gyselle, frisando que os papéis latinos não a incomodam.

A carreira na França foi para frente após o “BBB”. Uma produtora, que a conhecia dos tempos em Paris, a convidou para apresentar o programa “Miss Bikini a Rio”. De lá para cá, Gyselle já participou de seriados de TV, peças e filmes — todos franceses.

— Depois quero tentar fazer mais coisas no meu país. Apesar de a França ter me dado boas oportunidades, sinto muita falta de atuar na minha língua — explica.

No Brasil para a encenação da Paixão de Cristo, marcada para a Semana Santa, a atriz dá mais detalhes sobre seu próximo trabalho. Em abril, ela volta a Paris para filmar o longa “Les lendemains qui chantent” (“Os amanhãs que cantam”, em português), do diretor Jean-Loup Hubert, com a atriz italiana Claudia Cardinale. Será uma brasileira, professora de boxe e capoeira. A vida fora do país rendeu bons frutos.

— Queria sair do Piauí, conhecer outras culturas, aprender novas línguas, descobrir o mundo, sair da superproteção de minha mãe. Ralei muito. Fui babá, garçonete e faxineira para conseguir me sustentar, fora alguns trabalhos esporádicos que consegui como modelo e atriz. Não foi fácil, até porque, no início, não dominava a língua — conta.

A participação no “Big Brother”, em 2008, surgiu quando ela já pensava em voltar para o Brasil para tentar a carreira artística.

— Não sabia por onde começar. Minha mãe, que havia visto uma chamada do “BBB” na televisão, sugeriu então que eu me inscrevesse para tentar participar do programa. Deu certo, me chamaram — lembra.

Fonte:JORNAL O GLOBO