'Só falta encontrar meu príncipe', diz Gyselle Soares, de volta ao Brasil

Solteira e após dois anos morando em Paris, a atriz busca um grande amor e quer conquistar o público brasileiro como atriz.


Gyselle Soares passou mais de dois anos tendo Paris, a capital da França, como residência fixa, mas agora a ex-BBB está de volta ao Brasil e pretende dividir seu tempo entre os dois países. Há um mês por aqui, ela encara um grande desafio atuando em sua língua nativa nesta sexta-feira, 29: viver Maria Madalena na Paixão de Cristo da cidade de Floriano, no Piauí. Durante um ensaio fotográfico exclusivo para EGO na Casa Julieta de Serpa, na Zona Sul do Rio, ela se diz realizada.
"Estou numa fase maravilhosa, tanto profissional quanto emocional. Estou me sentindo mais bonita, alegre, desencanada. Estou de bem com a vida. É bom envelhecer. Você vai vivendo e aprendendo. Não me estresso com nada e sei que tudo tem seu tempo. Agora só falta encontrar meu príncipe encantado, um grande amor. Tenho muita coisa para oferecer, muito amor para dar", diz Gyselle, que está solteira há um ano, mas nem por isso se lamenta: "Solteira, sim; sozinha, nunca, né? Faz um ano que estou na pista, curtindo a vida em todos os sentidos (risos). Não tem nada melhor.  Estou saboreando as coisas, sem pressão". Confira abaixo a entrevista:
EGO: Por que você resolveu voltar ao Brasil?
Gyselle Soares: Quero investir na minha carreira de atriz por aqui também, poder atuar na minha língua nativa. Este é o meu projeto. Não me desfiz do meu apartamento de Paris porque ainda volto para lá este ano para gravar um filme entre maio e junho e não estou fechada a propostas que pintarem. Mas vim com bastante coisa e tenho feito testes para poder mostrar meu trabalho. Minha mãe adorou a novidade! Cheguei e já fui logo curtir um pouco a minha família, viajei com eles para o Ceará. Matei a saudade do sol e da comidinha do Nordeste. Sinto muita falta de tapioca, por exemplo.
Está ansiosa para atuar no espetáculo da Paixão de Cristo?
Gyselle Soares: Estou supercontente, ainda mais porque vai ser no meu estado. É uma honra e um desafio. E toda minha família vai poder me ver atuando pela primeira vez. Minha vózinha vai assistir ao espetáculo sempre e ficou muito feliz ao saber que vou estar lá este ano. Chamou todos os vizinhos para ir. Eles até alugaram ônibus, vão em excursão. Confesso que estou com um pouquinho de frio na barriga, tenho que mandar bem. Me preparei e estudei bastante.
Gyselle Soares posa para o EGO (Foto: Marcos Serra Lima/EGO)
Depois de tanto tempo trabalhando como atriz lá fora, você ainda sente preconceito por ser uma ex-BBB?
Gyselle Soares: 
Tem preconceito sim. Mas eu sei que trabalho direito, tenho talento e vou mostrar o que posso ainda. Todo mundo começa de alguma forma. Para mim, a porta de entrada foi um reality show. Tem os prós e os contras de fazer um programa assim e essa má vontade de algumas pessoas é uma das partes negativas. Mas não tenho medo disso, não me incomodo mesmo. O "BBB" foi uma fase da minha vida, que não escondo de ninguém. Não me arrependo nem um pouco de ter participado, porque foi o que me tornou conhecida no meu país. Estou vindo com tudo e vou fazer o meu. O tempo dirá. As pessoas vão ver algum dia...
Em sua última entrevista para o EGO, você disse que tinha várias roupas de grife e andava por Paris em um PorscheContinua bem financeiramente?
Gyselle Soares: 
Estou bem, minha família também. Estou trabalhando à beça, correndo atrás de uma carreira sólida, e isso reflete financeiramente, graças a Deus. Não está faltando nada para mim e eu não tenho mais medo do futuro como tinha antes. Aos 14, 15 anos, dizia que tinha esquecido a carteira porque não tinha dinheiro para pagar o ônibus. Hoje estou longe disso. Acho o seguinte: se estou bem, tenho que usufruir disso. A vida passa tão rápido... Temos que aproveitar. Dinheiro é só um detalhe, mas ajuda muito. O meu eu uso para me divertir, viajar, dar uma vida melhor para mim e para a minha mãe.
Na época, as pessoas ficaram chocadas com seu estilo de vida e muitas fizeram insinuações. Você ficou chateada?
Gyselle Soares: 
Não. Sei quem eu sou e o que faço. Para mim Paris está funcionando muito bem, está tudo dando certo. Meu último ano foi de trabalho intenso. Estou muito feliz!
O que você tem feito em Paris?
Gyselle Soares: 
Já fiz várias coisas. Voltei para lá para participar de uma série de comédia, a "Camping Paradis" e, por causa desse trabalho, fui convidada para um filme, "Depression et des potes", onde fazia uma dançarina. Agora, acabei de encerrar uma temporada de seis meses com a peça "Les Derniers Jours de Stefan Zweig" ("Os Últimos Dias de Stefan Zweig"), no teatro Antoine, e estou me preparando para gravar outro longa, dessa vez um drama, "Les lendemains qui chantent". As coisas foram acontecendo naturalmente, mas nada foi fácil. Eu corri atrás, fiz cursos para me ajudar e, depois de tanto tempo morando lá e das aulas de fonoaudióloga que eu fiz, o meu francês está bem bacana, quase sem sotaque.
Gyselle Soares posa para o EGO (Foto: Marcos Serra Lima/EGO)
Como será sua personagem neste novo filme?
Gyselle Soares: Ela vai dar aulas de capoeira, mas quer ser boxeadora. A príncipio, ela era uma espanhola, mas o diretor gostou tanto do meu trabalho na peça que eu fiz que adaptou a personagem para mim. Ele foi assistir ao espetáculo para ver a atriz principal, Elsa Zylberstein, e acabou fazendo questão de me cumprimentar e fazer a proposta. Topei na hora, claro. Também vim para o Brasil para me preparar e poder fazer aulas de capoeira.Vou ter que trabalhar muito e malhar bastante, apesar de não gostar de braço musculoso. São ossos do ofício... Quando faço um personagem, esqueço tudo e mergulho naquilo. Não sou mais a Gyselle.
Quais os seus maiores objetivos agora?
Gyselle Soares: 
Tenho vontade de fazer de tudo. Mas novela seria uma novidade na minha vida. É um comprometimento diário, bem diferente do cinema. Seria interessante. Eu quero fazer, só falta isso para dizer que eu provei um pouco de tudo. Mas não estou apressada. Quando você faz um teste, você tem que esquecer dele porque as coisas podem demorar a se concretizar. Estou bem e as propostas estão surgindo. Acabei de chegar.
Agradecimentos: Casa Julieta de Serpa - Praia do Flamengo, 340
Fonte:EGO

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