Famosidades: Entrevista com Gyselle Soares

Por ALESSANDRA VESPA
SÃO PAULO – A cada dia que passa, a piauense Gyselle Soares sobe um degrauzinho na escada da fama. Conhecida na 8ª edição do reality show “Big Brother Brasil”, em 2008, a artista atualmente estrela o longa francês “Dépression et des potes” e ainda é garota propaganda de uma grife de sapatos internacional.
Para quem não se lembra, a ex-sister conseguiu chegar até a final da atração. Ela disputou o prêmio máximo com Rafinha, que venceu com 49,85% dos votos. Um belo empate técnico, dono de muitas discussões!
“O que tinha que ser, aconteceu. Estou muito feliz nessa minha caminhada e talvez, se tivesse ganhado, não ia trilhar o caminho que trilhei”, contou Gy ao Famosidades.
Como sempre sonhou, agora conquistou um papel de destaque como atriz no cinema. Protagonista do filme de Arnaud Lemort, diretor mundialmente conhecido, a morena teve que aperfeiçoar seu sotaque e ainda fazer aulas de dança.
“Tive um trabalho físico, mais ou menos de seis meses, pois minha personagem tem muitas cenas de dança no filme. Tive intensas aulas.”
Confira agora o que a morena contou sobre sua nova trilha profissional e ainda o que ela sente falta do Brasil, projetos futuros e a responsabilidade de ser uma garota propaganda!
FAMOSIDADES - Você está prestes a estrear o longa francês “Dépression et des potes” no Brasil. Como está sendo esta experiência para você?
Muito intensa. Estou vivendo grandes emoções, pois o lançamento está próximo e isso só aumenta as expectativas. Às vezes nem consigo dormir. Fico pensando se o público vai gostar do filme, se eles vão se identificar, essas coisas.
Mesmo morando na França há anos, você teve que fazer laboratório para se preparar para filme? O que você precisou aprender e conhecer?

Eu precisei trabalhar meu acento, ou seja, meu sotaque em francês para ter uma boa articulação. Esse foi um trabalho para minha personagem, pois a gente tem o costume de falar cantando. Quando eu atuo em francês, se falar como falo em português, eu vou cantar e aí não fica natural. Então meu trabalho com minha “coach” foi em cima do francês para que meu sotaque ficasse o mais natural possível.

Já que você interpreta uma dançarina, foi necessário fazer algum curso específico?

Tive um trabalho físico, mais ou menos de seis meses, pois minha personagem tem muitas cenas de dança no filme. Tive intensas aulas. Coloquei em dia o meu samba, aprendi “reggaeton”. Tudo que foi dança latina tive que aprender para interpretá-la, mas contei com ajuda da coreógrafa brasileira, Flavia Albuquerque. Então foi mais fácil.

Sempre foi um desejo ser atriz? Conte um pouco sobre isso e seu preparo para a profissão!

Sim, o meu desejo sempre foi atuar, mas nunca tive muitas oportunidades por não conhecer muita gente do meio. Então, eu aproveitei as oportunidades que vieram para chegar até meu objetivo, que é interpretar. Quero fazer isso para o resto da minha vida. Liberar toda a loucura que existe em mim nas minhas personagens. Eu venho de uma família pobre, então tenho essa força de viver e vencer com muito trabalho. Não meço esforços para estar preparada. Estou fazendo cursos de cinema, pois a concorrência é enorme, cuido do meu corpo e da mente, que é importante também.
Conte a sensação de atuar como protagonista de primeira e ser dirigida por Arnaud Lemort, cineasta mundialmente conhecido?
Não posso deixar de dizer que está sendo uma grande experiência na minha vida. Com muita luta e um pouco de sorte consegui uma oportunidade maravilhosa na minha jovem carreira de atriz. Eu me senti em casa com a produção. Além do diretor ser uma fera na comédia, ele me deixou à vontade, me deu muitas dicas e me fez sentir que tudo é possível. Estou contente de começar atuando no cinema francês com atores da nova geração e amados pelo público daqui.

Você sempre teve amor por cinema? Como está sua relação com filmes atualmente?

Sim. O cinema sempre me fascinou por ser um trabalho intenso para o ator e é lindo, né? Fica guardado o resto da vida. Sou muito eclética, gosto tanto de filmes atuais como assistir filmes antigos em preto e branco como Chaplin e os antigos de Woody Allen.
A produção do filme ficou com um “pé atrás” antes de te contratar? Por quê?
Não ficou não. Eu dei o melhor de mim para conseguir essa personagem. Queria muito e não deixei de levar aquela energia solar e brasileira para meu teste. Fiquei nervosa, muito nervosa, mas utilizei o nervosismo a meu favor e no final deu tudo certo.
“Dépression et des potes” é uma comédia. Você preferiria ter iniciado no cinema com outro estilo de filme?

Não, pelo contrário, eu amo comédia. Já tive uma vida muito dramática e triste. Começar atuando em uma grande produção e fazendo comédia é maravilhoso. O mais difícil é fazer as pessoas rirem, então foi esse o desafio que eu encontrei e amei fazer. É gostoso demais, a gente se diverte muito nas filmagens.
Você também fez uma participação especial no filme “Os Sonhos de um Sonhador”, de Frank Aguiar. Como foi a experiência?

Minha personagem é Maria, a namoradinha do Frank na época em que ele morava no Piauí. Foram muito emocionantes as cenas que fiz, pois tinha muito choro e era dramática a despedida. Contracenei com Gustavo Leão, meu par romântico no longa. A Rosi Campos foi um amor, me deu a maior força e o Nelson Xavier então... São duas feras e só de poder estar perto deles e pegar algumas dicas já foi gratificante.
É verdade que você tem planos para interpretar a obra de Jorge Amado, “Dona Flor e Seus Dois Maridos” no teatro? Conte um pouco sobre isso! 
Sim, ano passado falei sobre esse projeto com o produtor francês Laurent Taieb, que topou produzir o espetáculo. Ele está cuidando dessas coisas de direitos autorais, que demora. Estão tentando lançar a peça no segundo semestre deste ano em um bom teatro aqui em Paris. Fiz laboratório para a personagem Dona Flor no Brasil, no mês de março, quando estive aí. Eu sou apaixonada por Jorge Amado e poder levar essa cultura bem brasileira e nordestina para os franceses seria mais que prazeroso.

A peça será estrelada no Brasil ou no exterior? Já tem previsão de ensaios, laboratórios ou até mesmo lançamento?
Na França. Em Paris, os planos são para o segundo semestre. Estamos querendo nos preparar para os ensaios e para o lançamento. A única coisa que pode complicar é a questão dos direitos autorais, que é um processo demorado, mas já está em andamento.
Depois de quatro anos fora do “Big Brother Brasil”, qual a sua relação com o reality show? Você considera que esta ligação é algo positivo ou negativo em sua carreira?
Nem positiva e nem negativa. Tudo que estou conseguindo na minha história como atriz é puramente do meu esforço e batalha diária. Foi uma experiência bacana que me trouxe somente visibilidade no meu país. O resto foi comigo.
Você chegou a ir até a final da 8ª edição do "BBB", junto do ganhador Rafinha, e perdeu por 49,85%. Acha que foi injusto?
Não. Está tudo certo, o que tinha que ser, aconteceu. Estou muito feliz nessa minha caminhada e talvez se tivesse ganhado não ia trilhar o caminho que trilhei e, consequentemente, não teria as oportunidades que estou tendo.
Muitos BBBs saem da atração e ficam esquecidos. No que você batalhou para ser reconhecida em outras áreas?
Não me preocupei com isto. Quero mostrar meu trabalho, evoluir dia após dia. Ser reconhecido é consequência de desempenhar um bom papel no que quer que faça e é isso que busco: dar o meu melhor sempre em quaisquer oportunidades que eu tenha.

Agora você é a garota propaganda da Carmen Steffens. Como foi o convite? Você tem contrato até quando?

Fui convidada pelo diretor da marca na França, Eric Portelli. Estou muito lisonjeada de ser a garota propaganda da marca. Vou ser garota propaganda por um ano.
Já conhecia a marca? Como vê essa responsabilidade? 

Sou fã desde sempre da Carmen. Acho as sandálias um luxo! É tão bom poder defender o que você usa no seu dia a dia e as sandálias da Carmen eu uso sempre porque, além de lindas, são super confortáveis.
Atualmente você está morando na França? Pretende se mudar? Deseja consolidar sua carreira no Brasil ou no exterior?
Sim, em Paris e não pretendo me mudar por enquanto. Quero expandir a carreira nos dois países. Quero um dia também poder trabalhar no meu Brasil, que amo tanto.

Vira e mexe você dá uma passadinha aqui pelo Brasil. O que te deixa com mais saudades?

O amor da minha família, a comida, o calor humano, a felicidade do povo, isso que me faz voltar sempre.

Se pudesse levar algo daqui para qualquer lugar, o que seria?
O sol, para esquentar o frio francês.

1 comentários:

Anônimo disse...

Bem esclarecedora a entrevista, mostra qto ela tem evoluido e sua total dedicação ao q faz. A Morena linda de viver parece determinada mesmo a investir tudo na realização do sonho de se tornar uma atriz reconhecida.
Eu acho q sua escalada começou....

 
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